terça-feira, 13 de maio de 2014

História Viva: O Início do Pensamento

Para muitos leigos, os cnidários representam os primeiros animais a surgirem, em vez dos simples poríferos. Afinal, eles apresentam movimentação, capturam presas com seus tentáculos e podem deixar uma sensação urticante em quem se aproximar demais.

E, realmente, os cnidários apresentam diversas características mais complexas com relação aos poríferos. Mas o que poucos se lembram de citar é o sistema nervoso, que aparece pela primeira vez neste filo, mesmo que difuso, ou seja, não há um centro nervoso com maior concentração de neurônios.

O surgimento das sinapses nos cnidários foi uma das evoluções mais úteis para a sua sobrevivência. Através da percepção de estímulos externos, o organismo pode enviar respostas motoras exigidas para cada situação, tendo coordenação do corpo; por isso, o sistema nervoso está intimamente ligado com as células mioepiteliais.

Através do sistema nervoso, várias funções vitais puderam ser desenvolvidas. Na alimentação, o sistema nervoso é responsável pela captura de presas e prevenção da sua fuga, por meio de estímulos aos cnidócitos, que lançam uma espécie de arpão que possui uma toxina capaz de paralisar e matar o ser atacado. O sistema nervoso também coordena a movimentação do cnidário, inclusive na fuga de predadores.

Assim, essa grande evolução do sistema nervoso nos cnidários certamente garantiu a sua sobrevivência. Tanto é, que essa característica permanece até hoje nos filos seguintes, somente sendo aprimorada com o surgimento de um centro nervoso. E é graças a essa apomorfia dos cnidários que nós, seres humanos, hoje podemos controlar a natureza.

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