terça-feira, 13 de maio de 2014

Relações de Vida: Peixe-Palhaço, Anêmona e o Mutualismo

O peixe-palhaço convivendo com uma anêmona.
Os cnidários são seres vivos que podem dar uma sensação urticante a quem se aproximar deles - característica essa tão importante, que o próprio nome do grupo nos remete a isso (do grego knidos, urticante). Isso deve-se ao mecanismo de defesa desses animais: ao sentirem-se ameaçados, os cnidários abrem uma cápsula especial chamada nematocisto, que fica nos cnidócitos, que libera uma espécie de arpão. Quando o arpão entra na pele de outro ser, libera toxinas que causam essa incômoda sensação.

O peixe-palhaço é um peixe tropical de água do mar que mede em torno de 6 a 15 cm de comprimento. Ele é facilmente identificado pelas suas cores brilhantes características, normalmente oscilando entre o amarelo e o laranja, com faixas brancas e contornos pretos. Uma característica muito interessante no peixe-palhaço é que ele possui um muco protetor em volta de sua pele, que faz com que as toxinas dos têntaculos das anêmonas (uma espécie de cnidário que se alimenta de pequenos peixes) não o afetem (o que faz com que as anêmonas não possam capturá-los).

Assim, anêmona e peixe-palhaço podem conviver juntos sem problemas maiores. Mas a sua relação não se restringe a isso; o peixe-palhaço pode esconder-se na anêmona para fugir de seus predadores, enquanto ele limpa o cnidário, retirando parasitas de seu corpo. Ambos vivem em uma relação que as duas espécies se beneficiam, o mutualismo. Desse modo, podemos encontrar em diversos corais um "harém" de peixes-palhaço, em que há uma fêmea, um macho reprodutor (o maior que tiver) e outros machos menores. Se a fêmea morre, o macho reprodutor transforma-se na fêmea num processo chamado protandria, e o maior dos machos assume a função reprodutora.

Fonte da imagem: http://jornalggn.com.br/

Nenhum comentário:

Postar um comentário