segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Parasitas & Doenças: As aranhas e o seu veneno

A aranha-armadeira, considerada a do veneno mais fatal.

A maioria das aranhas, animais do filo dos artrópodes, possui veneno na saliva, que é liberado quando o animal se sente ameaçado e pica. De todos os grupos de aranhas já descobertos, somente dois não apresentam veneno. Embora grande parte desses seres só possua venenos que fazem pouco mal para o ser humano, alguns podem ser extremamente graves.

Há casos em que tarântulas-ornamentais já fizeram vítimas entrarem em coma. O veneno das aranhas-chinesas é capaz de matar pequenos mamíferos e crianças. Aranhas-das-costas-vermelhas já mataram várias pessoas, e estão entre os sintomas tontura, forte dor de cabeça, tremor e vômito. A popular viúva-negra possui uma picada além de fatal, muito dolorosa. As picadas da aranha-de-areia produzem necrose do tecido cutâneo e sangramento pelos orifícios do corpo, podendo levar a óbito.

O veneno considerado o mais fatal é encontrado nas aranhas-armadeiras, que são comuns no Brasil. Somente 0,006 mg da substância é capaz de matar um rato. Possuem um corpo de em média 5 cm e patas de até 17 cm. Embora milhares de casos de picada dessa aranha já tenham sido registrados no país, são raríssimas as mortes, pois os antídotos são comuns e eficazes.

Fonte da imagem: www.aprenda.bio.br

Relações de Vida: Insetos e flores

As plantas são seres sem locomoção, ou seja, não andam pelo mundo com pernas, nem nadam, nem voam. Logicamente, isso dificulta enormemente a reprodução, com a problematização de os gametas masculinos encontrarem os gametas femininos de outra planta. Uma solução que foi encontrada pelo reino vegetal passa por uma grande ajuda dada pelos insetos, animais que fazem parte do filo dos artrópodes.

Abelha em uma flor; a seguir, o inseto transmite o pólen
para outras flores.
Vários insetos voadores, como a borboleta e a abelha, alimentam-se do néctar colhido em flores. A estratégia encontrada pelas plantas foi a polinização. Nas flores, encontra-se o pólen, responsável pela fecundação em outras flores. Como os insetos passeiam de flor em flor, por centenas de plantas diferentes, elas carregam o pólen grudado em suas patas e o transportam para outros lugares e outras flores. Isso possibilita a reprodução das plantas.

Por outro lado, temos diversos insetos, como várias espécies de formigas, que devoram plantações inteiras. Por isso, são desenvolvidos vários venenos para formigas que são utilizados nas áreas rurais. Por consequência, as formigas também destroem várias flores na sua alimentação. Entretanto, há espécies de insetos que atacam os insetos que destroem as plantas.

Fonte da imagem: www.grupoescolar.com

Parasitas & Doenças: A sanguessuga e a sangria

As sanguessugas (Hirudo medicinalis) são animais do filo dos anelídeos, e correspondem a um dos mais curiosos seres vivos. Sua característica de grudar-se ao corpo humano e sugar o sangue do hóspede já foi muito utilizada na medicina, para fazer sangria, no passado. Incrivelmente, os resultados mostravam-se benéficos. No século XX, essa prática foi abandonada com as pesquisas científicas e o crescimento da medicina.

Uma sanguessuga na pele humana.
Ultimamente, têm sido feitas pesquisas com a sanguessuga e as descobertas são surpreendentes. A sua saliva ajudava os doentes no passado pois possui hirudina, um anticoagulante muito forte; um vasodilatador, aumentando o fluxo sanguíneo local; um anticicatrizante (hialuronidase), mantendo o sangue vertendo na mordida; e um anestésico local. Tudo isso faz com que o tratamento com sanguessugas seja uma opção para a trombose e as microcirurgias reconstrutoras de artérias e veias depois de uma amputação.

A sanguessuga também é utilizada na área de pesquisa laboratorial para a criação de substâncias com propriedades de anticoagulantes, como a trombina. Hoje em dia, suas aplicações chegam até a cirurgias plásticas, para a retirada de sangue acumulado.

Fonte da imagem: www.movemontanhas.com.br