terça-feira, 2 de setembro de 2014

Relações de Vida: A Língua Solta e a Cadeia Alimentar

Um dos órgãos mais importantes no nosso ser e também pequeno é a língua, que permite a comunicação entre a espécie. Entretanto, não é somente no seres humanos que ela é importante. Na verdade, é extremamente essencial (e interessante) nos anfíbios.

Para várias espécies de sapos, a língua é uma das adaptações mais importantes por seu papel na nutrição. A língua pegajosa, presente nos anfíbios anuros, é a responsável por capturar insetos, como moscas e mosquitos, que são a principal alimentação do animal. Nesses seres a língua é presa na parte da frente da boca, e não na parte mais interna, permitindo que ela seja projetada para fora da boca, como uma espécie de arpão. Isso ocorre com o desenrolamento da língua.

Um sapo capturando sua presa.
Graças a essa característica, os anfíbios podem capturar insetos em pleno voo, grudando-o na ponta da língua e puxando-o para a boca. Eles não mastigam, somente esmagam a presa com a mandíbula e engolem, da onde vai para um estômago bem desenvolvido.

É impressionante como a língua desses animais pode alcançar grandes distâncias, comparando-se com o tamanho do seu corpo. Esse método de ataque com a língua é extremamente efetivo, e é um dos mais rápidos ataques presentes no mundo animal, evitando que possa haver qualquer possibilidade de escape da presa. Essa alimentação sempre foi extremamente importante para a manutenção da cadeia alimentar. Os insetos, por suas características físicas, naturalmente dominaram o ambiente terrestre. É graças aos anfíbios que há o controle dessas espécies; com a extinção dos sapos haveria uma tremenda infestação de artrópodes.

Isso constitui também um método de combate às pragas na lavoura. Em vez do uso de agrotóxicos, que podem fazer mal ao organismo humano e que há a possibilidade das pragas se acostumarem ao veneno, exigindo doses mais fortes, o uso de sapos para a caça desses animais é um método ecológico de assegurar uma melhor produção agrícola.

Fonte da imagem: www.sobiologia.com.br

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