A subida de rios por alguns peixes na piracema. |
Esse é um árduo processo de reprodução e mostra a magnitude da vida. O fenômeno ocorre sempre na mesma época do ano, e o peixe sabe o momento certo dele através da glândula hipófise, que comanda o processo de reprodução. Diversos fatores, como a temperatura da água, a duração das horas de luz no dia, o aumento do nível da água pelas chuvas, estimulam a hipófise, que alerta o animal da hora da reprodução.
Começa, então, a última parte da vida do peixe. A longa jornada rio acima, que varia de espécie para espécie (algumas podem entrar até 500 km no leito dos rios), é realizada através de um intenso esforço físico. No fim do processo, o animal morre de exaustão, liberando os ovos na correnteza, que são fecundados e aos poucos vão descendo o rio, conforme crescem. Na próxima cheia, os peixes jovens chegam ao mar, onde depois de seu ciclo de vida irão repetir a piracema.
O grande problema ambiental sobre a piracema hoje não é mais a pesca desmedida. Embora ela continua ocorrendo e seja fatal para a manutenção da biodiversidade marítima, já há várias punições à pesca na piracema, onde o grande ajuntamento de peixes provoca uma pesca rentável. Barragens que são construídas todo ano são um grande problema para a realização da piracema, pois o peixe não consegue prosseguir na sua jornada e morre antes do tempo.
Fonte da imagem: www.ouroeste.com
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