O ciclo da malária humana é homem-anofelino-homem. Os mosquitos macho se alimentam de néctar, porém as fêmeas necessitam de sangue para o amadurecimento dos ovos; ao ingerirem sangue de um indivíduo contaminado contendo as formas sexuadas do parasita tem início uma fase de reprodução sexuada no estômago do inseto, culminando na proliferação do protozoário na glândula salivar.
Mosquito Anopheles darlingi, principal vetor da malária no Brasil. |
O mosquito então pica outro humano, injetando sua saliva contaminada, que contém anticoagulante. Em um período de cerca de 30 minutos, o plasmódio infecta o fígado, se reproduzindo assexuadamente até arrebentar as células, liberando toxinas e elevando a temperatura (febre); então o parasita vai para o sangue e contamina as hemáceas. Lá, há uma maior reprodução, que resulta na lise dos glóbulos vermelhos; a cada lise, mais células são infectadas.
Os sintomas mais comuns envolvem febre alta, calafrios intensos alternados por ondas de calor e suor abundante, dor de cabeça e no corpo, falta de apetite, pele amarelada e cansaço. Geralmente, os sintomas se repetem a cada dois ou três dias (coincidindo com a lise das hemáceas), período em que o hospedeiro se sente bem; por isso, a malária também é chamada de febre terçã.
O mosquito vetor da doença varia de espécie conforme a região, porém sempre sendo Anopheles. Como o plasmódio necessita de um tempo mínimo para se desenvolver no vetor, a malária ocorre em regiões tropicais e sub-tropicais, onde as temperaturas mais altas garantem um tempo de vida maior para o mosquito. Embora o principal hospedeiro seja o homem, a doença pode contaminar outros animais.
As medidas profiláticas envolvem o combate ao mosquito, uso de repelente e evitar banhos em igarapés e lagoas ao anoitecer e ao amanhecer. O tratamento indicado é feito por via oral com o uso de medicamentos como o quinino e a artemisina.
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